Alguns amigos meus (pelo menos daqueles que discutem versões do Windows, o que limita muito o grupo), eram mais tipicamente portugueses. "Nova versão? Lá vem a Microsoft inventar. Não estávamos bem?" Para estes amigos, o Windows 3.11 chegava. Tudo o que veio depois foi, desculpem-lhes o termo, mariquice.
Enfim, meses depois já estavam a usar as novas versões e as novas funcionalidades e por aí fora. A mudança custa, mas uma vez ultrapassada, passa a fazer parte daquilo que não se quer mudar. (Parece-me que há para aqui um subtexto político qualquer, mas agora não tenho tempo.)
Pois bem. Vamos lá ver uma coisa: o que é que os senhores da Microsoft fumaram para criar o Windows 8? Sim, é leve para o computador, não vai abaixo como antigamente, apetece tocar no ecrã para mexer naqueles rectângulos coloridos que rodam e tudo...
Mas esse é o problema: a maioria dos computadores não são tablets, e quem tem uma tablet não tem a tablet da Microsoft. Ou seja, o novo Windows é um convite para tocar no ecrã, mas só para o engordurar. Porque aquilo não faz nada quando passamos com o dedo.
Agora, imaginem a reacção das muitas pessoas que acham que existe um Office Vista e um Windows 2010. Foi uma reacção do tipo: "então e o botão redondo?" Segundos depois: "COMO É QUE SE FECHA ISTO?" Minutos depois: "e desligar? Mas como raio se desliga isto?" Apetece responder: "há uma maneira, mas deixe a bateria acabar. É mais rápido."
Portanto, vejam lá isso. Ponham o Windows mais bonitinho, inventem, mantenham a parte simpática da leveza e da ausência dos crashes, mas não tornem a coisa um descendente infeliz duma noite de amor entre um iPad e um computador de secretária velhote.
De resto, muito bem! Vamos lá em frente! E acima de tudo, ainda bem que perceberam que o Windows é para ser baratinho...
Instrução: colocar botão Iniciar neste local. Não há que enganar. |
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